Paraty: 
 
À primeira vista parece que o tempo parou em Paraty, uma cidadezinha espremida entre a serra e o mar e que teve seu apogeu no Ciclo do Ouro. No Centro Histórico, a moldura é formada por preservados casarões coloniais, igrejas dos séculos 18 e 19 e ruas calçadas pelos escravos em pedras pés-de-moleque onde o tráfego de automóveis é proibido.
Cachoeiras Pedra Branca e Tobogã formam piscinas perfeitas para relaxar



Mas basta circular pelas ruelas para conferir uma cidade pulsante, charmosa, com gente, sotaques e paladares do mundo inteiro, combinando tradição e modernidade. 

O cenário utilizado nas festas religiosas, como a do Divino, é o mesmo onde a turma brinca o Carnaval, os fãs da branquinha degustam a bebida no Festival da Cachaça e os intelectuais badalam durante a concorrida Festa Literária Internacional, a Flip.
Paraty reúne ainda praias e cachoeiras. Na estrada para Cunha ficam quedas d´água que formam piscinas naturais perfeitas para banhos, como Pedra Branca e Tobogã. 

Já na vila de Trindade, a 20 quilômetros, praias selvagens e acessíveis por trilhas, como a do Sono e do Cachadaço, atrem a turma jovem e aventureira. Para quem não quer saber de caminhadas, barcos partem do cais todos os dias para passeios pela baía e suas ilhas
 
 
    Campos do Jordão:
 
 
Batizada de "Suíça Brasileira", Campos do Jordão faz jus ao glamouroso título quando chega o inverno no Hemisfério Sul. A 1.700 metros de altitude, emoldurada pelas montanhas da Serra da Mantiqueira e pelos bosques coloridos com o amarelo dos plátanos, a cidade capricha na arquitetura típica européia, na gastronomia que combina sabores e receitas do Velho Mundo e na programação erudita do Festival de Inverno, um dos mais conceituados do país quando o assunto é música clássica.


Baden Baden: Cervejaria é ponto de encontro<br>


Baden Baden: Cervejaria é ponto de encontro
Foto: Campos do Jordão e Região CVB
Em julho, todas as virtudes de Campos do Jordão ganham doses generosas de sofisticação. E, junto com elas, novidades e surpresas que podem ser traduzidas em uma estação de esqui com neve artificial, gigantescos shoppings centers e boates com validade de apenas um mês.

Tudo fica concentrado no bairro de Vila Capivari, onde já estão reunidos badalados restaurantes, cafés, lojinhas e bares - entre eles, a choperia Baden Baden e suas disputadas mesas ao ar livre. O vai-e-vem na área começa no final da tarde e intensifica-se à medida em que a noite cai, tornando o engarrafamento de carros importados inevitável. Para vencer o frio das madrugadas, dá-lhe fondue, lareira, chocolate quente, hot drinks e o charme da moda inverno, envolto em pashiminas e sobretudos.   
Vai-e-vem toma conta da Vila Capivari,  repleta de cafés, bares e turistas

Os ‘Alpes' brasileiros, porém, também apresentam facetas rústicas. Para explorá-las, aposte nos passeios que remetem ao bucolismo das montanhas cobertas por araucárias. De teleférico, chega-se ao Morro do Elefante, que descortina vista panorâmica da cidade.

Um trem em estilo inglês conduz à cidadezinha de Santo Antônio do Pinhal passando pelo trecho de ferrovia mais alto do país. Trilhas íngremes e escadaria de ganchos levam ao topo da Pedra do Baú, o mirante oficial da região, acessível também através de cavalgadas.
 
 
São Bento do Sapucai:
 
Porta de entrada para a Pedra do Baú - não, ela não fica em Campos do Jordão - a bucólica São Bento do Sapucaí tem casinhas simples, ruas de terra e encantos de sobra. Apesar da paisagem rústica, pousadas charmosas e confortáveis escondem-se em meio à vegetação nativa da Serra da Mantiqueira. Nos restaurantes, receitas reúnem as duas delícias típicas da região: truta e pinhão - junte uma garrafa de vinho, uma lareira e, pronto! Não falta mais nada para um romântico jantar nas montanhas.

 
Pôr do sol é contemplado do alto da Pedra do Baú, de fácil acesso


Quando ir: No inverno, céu está sempre azul<br>


Quando ir: No inverno, céu está sempre azul

À luz do dia, porém, os programas são mais radicais. Tendo o cartão-postal de 1.950 metros de altitude como cenário, as atividades vão de caminhadas a vôo livre, incluindo pedaladas e escaladas.

Para os mais preguiçosos, uma boa notícia: é na cidadezinha que fica o acesso mais fácil ao topo da Pedra do Baú, um dos melhores pontos para contemplar o pôr do sol. 

Uma vez lá em cima, aprecie a paisagem e encha-se de coragem para saltar de asa-delta ou paraglider. Caso prefira cair na água, escolha uma das muitas cachoeiras espalhadas pelas redondezas.

 
Além das lembranças das aventuras, leve para casa também o bonito artesanato produzido em São Bento. São esculturas em jacarandá, velas aromatizadas, luminárias em fibra de bananeira e peças decorativas em tecidos tingidos e pintados a mão. E tem ainda doces caseiros, geléias e sorvetes de sabores inusitados, como o de queijo.

 

Ilhabela:

Maior ilha marítima do Brasil, Ilhabela é famosa pela prática de esportes náuticos, em especial a vela – os ventos constantes que sopram no Canal de São Sebastião tornam as praias da costa Norte perfeitas para a atividade. O charme também é característica marcante da região, reunindo aconchegantes pousadas, restaurantes, lojas de artesanato e cafés nas ruas no entorno da Vila, como é chamado o badalado centrinho, ponto de encontro de todas as tribos depois da praia.


Praia do Bonete: Paradisíaca e frequentada por surfistas, Bonete é acessível por lancha -


Praia do Bonete: Paradisíaca e frequentada por surfistas, Bonete é acessível por lancha - Foto: Prefeitura de Ilhabela
Praias do Curral e de Perequê oferecem mais que areias douradas e águas cristalinas
Os ares paradisíacos da ilha ficam por conta dos cenários emoldurados por mar azul, montanhas cobertas com vegetação nativa de Mata Atlântica, cachoeiras - são mais de 300 – e praias de areias douradas e águas cristalinas como as badaladas do Curral e de Perequê.

Os atrativos de Ilhabela, entretanto, vão além da natureza: concorridos eventos atraem profissionais e turistas que chegam no inverno para curtir a Semana Internacional da Vela, a maior do gênero realizada na América Latina e que acontece em julho; e o Festival do Camarão, em agosto.

Glamourosa, Ilhabela começa a apresentar, aos pouquinhos, uma outra faceta bastante diferente da sofisticação da Vila, porém, não menos fascinante. Na costa voltada para o mar aberto, frequentada pelos surfistas, mergulhadores e aventureiros, ficam as praias mais selvagens da ilha, com acessos nada fáceis – e por isso, garantia de paisagens praticamente intocadas. 

Na praia do Bonete, uma vila de pescadores sem luz elétrica ou sinal de celular, chega-se depois de quatro horas de caminhada. Já para aportar na Baía de Castelhanos é preciso enfrentar os 22 quilômetros de uma estrada de terra ruim, chacoalhando dentro de veículos com tração nas quatro rodas. No caminho, porém, surgem cachoeiras de até 70 metros de queda com tobogãs e poços cristalinos capazes de fazer esquecer qualquer perrengue.